Débora Passos, Aníbal Alexandre (VJ Nibêra) e Victor Valentim (Zivito) | 5' 33" | Brasil

Ginófitas é um filme para planetário (fulldome) realizado por Anibal Alexandre (Nibêra) e Victor Valentim (Zivito) em parceria com a artista visual Débora Passos, baseado na sua série homônima de trabalhos. Através de aquarelas, desenhos e técnicas de bordado livre, são criadas formas orgânicas que remetem às fisiologias humanas e vegetais. À semelhança da recombinação gênica, esses trabalhos apresentam a profundidade da relação entre seres humanos e as plantas, ao mesmo tempo ancestral e urgente diante das consequências da hiperdomesticação, de explorações históricas e do antropoceno.

As possíveis mesclas entre artes visuais e a música nos meios digitais me inspiraram a desenvolver o experimento que posterior a sua criação foi intitulado "Aciabáss", um anagrama das sílabas das palavras: Ba - Cia (de Bacia) - Bass (Som Grave). Esta obra foi o resultado do meu processo criativo dentro do ateliê aberto realizado no contexto da residência artística do projeto "InstruMentes", idealizado por Alana Silveira e Lívia Cunha com patrocínio do Rumos Itaú Cultural e Fundação Gregório de Matos/BA, com a finalidade de realizar um diálogo entre a luthieria e a cimática, juntamente com as experimentações poéticas da música, arte e novas tecnologias. A água vibra com o tom grave sistetizado e responde aos estímulos com a sequência randômica da síntese granular de acordo com a interação do público com os passos como se estivesse tocando um instrumento e vendo sua ação sendo repercutida na bacia projetada.

Aníbal Alexandre Lima Diniz e Victor Hugo Soares Valentim | 6min | 2017 | Brasil

Este filme aborda a questão da demarcação das terras indígenas no Brasil, que tem por objetivo garantir o direito indígena à terra. Este direito vêm sendo massacrado pelo poder das autoridades, para fomentar o agronegócio e a exploração indiscriminada do meio ambiente, retirando a terra e a vida de muitos povos tradicionais de nosso país. A essência deste trabalho é mesclar os aspectos tradicionais (grafismos e elementos visuais das culturas indígenas) com as tecnologias de criação visual 360º, e a composição sonora do ambiente com cantos e sons da mata remodelados pelos processos da eletroacústica.

"Estudando o Sampler" (2017) - Sangue no Silício (Jarbas Jacome, Victor Valentim e José Balbino) + Tom Zé é uma instalação interativa de  música visual que transforma uma sala de galeria em uma máquina de samplers controlada por os movimentos do corpo dos interatores através de um sensor kinect. A composição visual é uma referência à estética do farpado fios e cordas, idealizados pelo brasileiro cantor e compositor Tom Zé para a capa de seu álbum antológico "Estudando o Samba" (1976). O trabalho propõe um diálogo entre a musicalidade das interfaces de sampleamento digital de DJ, expressão corporal e música visual.

Construir e desconstruir. A ação do DVJ nos toca-discos, remixando diferentes bases sonoras abre caminho para uma nova abordagem sobre a composição de batidas (beats) e imagens em tempo-real. A abertura tecnológica para recomposição de imagens e sons interativos no contexto das artes computacionais ampliam as formas de relacionar de maneira multissensorial os conteúdos audiovisuais gerados em tempo-real. Bits in (Re)Construction é uma performance audiovisual, realizada com a ampliação do sistema do vinil projetável. Esta ampliação está centrada na produção de conteúdos sonoros e visuais que interagem com a remixagem ao vivo realizada pelo artista. A proposta estético-computacional da obra está dividida entre o desenvolvimento do sistema e a performance e improvisação com os conteúdos sonoros e visuais. Entre os contextos e nichos poéticos que a remixagem se insere como linguagem artística, a ampliação de um sistema próprio para unir a remixagem de sons e vídeos em tempo-real desperta uma série de conceitos entre a técnica e a poética, aliados à experimentação com os recursos tecnológicos ressignificados para a difusão de projetos de arte, tecnologia e inovação.

Atualmente, a projeção mapeada (video mapping) tem se desenvolvido em diversos eixos de linguagem, aproximando-se com mais intensidade de interfaces multisensoriais e imersivas. Neste contexto, tem abarcado estes aspectos e tem sido aprimorada e aplicada a diversos modos de criação artística tecnológica. Neste estudo, é explorado o desenvolvimento de experimentos em arte digital com foco na elaboração de sketches projetáveis em discos de vinil (Long Play LP). O LP foi ressignificado como "tela de projeção". Desta forma, abre espaço para observar uma abordagem em que a imagem cinética e o som eletroacústico digital são unidos com a tatibilidade para compor um sistema complexo de interação e geração de conteúdo multissensorial.